Segunda instância que pauta é essa?
Nós que acreditamos na democracia e por consequência no estado democrático de direito precisamos entrar neste debate sobre segunda instância, hoje, pauta prioritária dos reacionários de direita e golpista que querem petistas ou quem participou dos governos do PT presos, tentam com uma falsa narrativa passar a idéia de que, quem defende a constituição é a favor da corrupção.
Desde que a Extrema direita capturou parte do judiciário e ministério público e, transformaram a lava jato em seu principal partido político, associado a grande mídia "pig" (partido da imprensa golpista) que a nossa constituição cidadã (como a chamou "Ulisses Guimarães") vem sendo atacada sistematicamente, especialmente nas garantias individuais uma das cláusulas pétreas de nossa constituição e, que seu principal objetivo é garantir direitos iguais a todos os indivíduos. A população desinformada e embalada pela narrativa do combate à corrupção e, na morosidade do judiciário acaba de forma majoritária apoiando o discurso fácil do julgamento rápido e sumário como forma de fazer justiça.
A morosidade da justiça é um fato e uma das causas principais pela sensação de impunidade, mas porque a justiça além de ser lenta é cara?
Todos nós sabemos o preço que, como contribuintes pagamos para manter um sistema de justiça ( judiciário, ministério público, defensoria pública e mais todo aparato de segurança em cada estado e ministério da justiça) com resultados pífio como o que temos.
Ao meu ver o que devemos debater é o sistema como um todo, a quem serve um aparato de justiça tão caro e com tão pouca eficiência? Para atender algo que em tese, seria dispensável se nós humanos já tivéssemos evoluídos em uma questão fundamental que é nos colocarmos no lugar do outro, ação definidora da espécie como um "Humano". Pois a existência de todo este aparato está condicionado às desavenças entre indivíduos com interesses conflitantes e nem sempre justos, "a lide".
Mas não é só o aparato judiciário o responsável pelas injustiça vivenciada pelo povo brasileiro, existem outras causas tão fundamentais quanto, a concentração de renda e riqueza nas mãos de uma parcela ínfima da sociedade capitaneada por uma elite desumana, atrasada, e boçal.
Enquanto alguns países mesmo organizados pelo capitalismo regulam a distribuição da riqueza "constitucionalmente" não permitindo que um cidadão que ganha mais ultrapasse 150 vez mais que o que ganha menos, aqui convivermos com disparidades que possibilita um indivíduo pegar seu jatinho e ir jantar em Miami enquanto outro cata resto de comida para alimentar sua família.
Seria muito interessante que em algum momento funcionários públicos, trabalhadores da iniciativa privada, autônomos de todas as matizes, microempreendedores, pequenos empresários refletissem sobre esse debate tão pertinente, pois estamos tratando de cláusula pétrea de nossa constituição. Afinal a quem interessa a retirada de garantias individuais na atual conjuntura?
Aos mais pobres?
Então é um presente de Papai Noel aos pobres brasileiros?
Mundico Teixeira
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